segunda-feira, 24 de outubro de 2011

AS LUAS ESPECIAIS

A LUA AZUL DA ABUNDÂNCIA

Acredita-se que a Lua Azul começou a ser cultuada, inicialmente, entre os egípcios, com a substituição do calendário lunar, que marcava o tempo usando as fases da lua, pelo solar, que introduziu o conceito de mês com trinta dias. Lua Azul é o nome que se dá à segunda lua cheia dentro do mesmo mês. Um fenômeno que acontece, em média, uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes no século. Desde a antiguidade, a Lua Azul é considerada um acontecimento de muita força magnética e poder espiritual, reforçando o sentido de plenitude da lua cheia.
A Lua Azul nos proporciona uma oportunidade a mais de tocar o divino, um aumento de consciência diante das forças sobrenaturais reforçando, assim, o intercâmbio com os outros planos, reinos e dimensões. Por ser considerada "um tempo entre tempos", um momento raro e, por isso, muito mais poderoso e mágico, fica mais fácil alcançar "o mundo entre os mundos" por meio dela. É uma lua de abundância, que permite colher muito mais do que se plantou. Os encantamentos têm maior poder e os resultados são mais rápidos. Pensamentos e desejos tornam-se mais intensos e, assim, qualquer ritual exige maior cautela em relação aos objetivos e pedidos. Mais do que nunca vale a advertência "cuidado com o que pedir, pois você poderá conseguir"!.
Com o surgimento do calendário juliano, no início do cristianismo, o culto à Lua Azul passou a ser reprimido por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar, do poder feminino e do culto às Deusas, assuntos perseguidos e proibidos. Mesmo assim, permaneceu sua aura romântica e poética e a Lua Azul passou a ser associada à crença de que era propícia ao romance e ao encontro de parceiros. Surgiu o termo inglês blue moon, significando algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras músicas e poemas melancólicos ou esperançosos.
Na mitologia Celta, essa lua favorece o contato com o Reino Encantado dos seres da natureza. Invocam-se as Rainhas das Fadas - Aeval, Aine, Aynia, Bri, Creide, Mab e Sin - e empreendem-se viagens reais ou imaginárias para as "Sidhe", as colinas encantadas, morada do "Little People", o Povo Pequeno.
Para agradar às Fadas, os celtas cultivavam perto das casas suas plantas preferidas - calêndulas, verbenas, violetas, prímulas e tomilho - e deixavam oferendas de mel, leite, manteiga, pão e cristais nas clareiras onde os círculos de cogumelos denotavam sua presença.. Para favorecer a "visão", abrindo a percepção psíquica, usava-se artemísia, em chá ou em infusões para banho, suco de samambaias ou orvalho passado nas pálpebras, saches de mil folhas e hipericão, invocações mágicas adequadas.
A Lua Azul é regida pela Matriarca da 13ª Lunação. Ela é "aquela que se torna a visão", a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças. Essa Matriarca nos ensina a importância de seguir nosso caminho sem nos deixar desviar por ilusões que possam vir a interferir em nossas visões. Cada vez que nos transformamos, realizando nossas visões, uma nova perspectiva e compreensão se abre, permitindo-nos alcançar outro nível na eterna espiral da evolução do espírito. A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente SER. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e definições que limitam nossa plenitude.
Para criar uma atmosfera adequada a uma celebração da Lua Azul, use velas e roupas azuis. Prepare água lunarizada expondo garrafas de vidro azul, cheias de água, aos raios lunares. Prepare "travesseiros dos sonhos" enchendo uma fronha de tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema, hipericão, folhas de artemísia e sálvia. Imante cristais e pedras azuis como topázio azul, a safira, o berilo, a água-marinha, o lápis-lazuli ou a sodalita. Usando músicas com sons da natureza, como pios de corujas, cantos de baleias ou uivos de lobos, permita que sua criatividade e intuição levem-na ao Reino das Fadas ou ao encontro das Deusas Lunares.. Olhe fixamente para a Lua, eleve seus braços e "puxe" sua luz para sua testa, seu coração e seu ventre. 
Conecte-se, em seguida, à Matriarca, pedindo-lhe orientação sobre as mudanças necessárias para alcançar uma real transformação.
Permaneça, depois, em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua mente ou alegrando seu coração.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!

HOJE, DIA DAS CRIANÇAS, RESOLVI POSTAR UM CONTO INFANTIL PAGÃO. QUE A DEUSA ABENÇOE TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO!  QUE IMPEÇA COM SUA JUSTIÇA QQ TIPO DE VIOLÊNCIA.

CONTO INFANTIL: A LUZ

Autoria: Galahad

Existia uma vila muito ao norte, onde seus moradores viviam da pesca e da caça.

Nesta vila havia um homem chamado Phelys, um homem triste e cansado. Phelys havia sido criado bem longe dali, em uma grande cidade, mas sua esposa e filha um dia sofreram um grave acidente e faleceram.

Ele ficou muito triste e desistiu de viver, foi para o local mais longe que conseguiu encontrar, justamente essa vila.

Todos os dias as pessoas da vila se reuniam em volta da fogueira e ouviam as histórias dos mais velhos. As histórias falavam das aventuras da Grande Deusa e do Grande Deus. Os anciões contavam histórias de caça e pesca, histórias de guerras e histórias alegres. Phelys sempre ia às reuniões, conversava com algumas pessoas e sempre se lembrava de sua esposa e sua querida filha.

Um dia, convidaram Phelys para entrar em um dos pequenos ritos do vilarejo, o rito em agradecimento a Grande Deusa. Nesse rito eles agradeciam pela caça e pesca que ela produziu durante todo o ano. Meio sem querer, ele foi caminhando para o centro do vilarejo na noite da celebração. Exatamente naquele dia seria o aniversário de casamento dele, então a tristeza em seu coração era tão grande, que preferiria ficar em casa. Resolveu ir mesmo assim.

Chegando no centro da vila, viu alguns dos moradores, mas não havia festa. Estranhou. Então uma das pessoas veio lhe contar que uma menina, filha de um dos pescadores, havia ido para a floresta na tarde daquele dia e não tinha voltado ainda.

Ele se ofereceu para ir procurar também. Pegou uma tocha e seguiu para o rumo onde os outros homens haviam ido.

Ele andou por muito tempo. Não encontrava nada e a sua tocha já estava gasta e quase apagando. Então ouviu um barulho.

Virou-se de uma vez e viu que olhos o observavam. Sentiu medo.

Talvez fosse hora de partir dessa vida, de encontrar sua esposa e filha. Mas se fosse como estava aprendendo ultimamente com os moradores da vila, o ciclo continuaria, elas voltariam para esta terra.

Virou novamente para frente e começou a correr.

Correu por muito tempo, no meio da mata, até encontrar uma caverna com uma pequena entrada.

Lá dentro ouviu barulhos.

Entrou e viu a menina lá dentro, cantando baixinho.

- Oi. - disse Phelys.

- Olá, eu sabia que você vinha.

- Você está bem?

- Torci o meu pé e não consegui voltar. Estava aqui dentro vendo as imagens da Deusa.

Phelys apontou sua tocha para a parede e viu muitas imagens femininas, enquanto a menina continuou a falar.

- Eu sabia que você vinha.

- Sabia?

- Sim... eu vi a Deusa... ela estava junto com uma outra mulher, elas me disseram que você viria.

- Como assim? - Perguntou Phelys meio desconfiado.

- Tome isso - Disse a menina entregando uma pequena flor para Phelys. Era uma flor que nascia dentro da caverna. - Essa é a flor que a mulher que estava junto com a Deusa pediu para te entregar. Ela disse que você se lembraria dela sempre que quisesse.

Phelys cheirou a flor e começou a chorar... Era o mesmo perfume que sua esposa costumava usar.

Entre lágrimas ele perguntou:

- Como você sabe da flor?

- Eu não sabia... Foi a mulher que me contou... A Deusa disse que eu não me preocupasse e que esperasse que alguém viria me buscar. Ela disse que eu tinha algo a fazer hoje, que era minha obrigação estar aqui. Depois ela disse que quem viria era uma pessoa muito especial, e que uma de suas filhas gostava muito dele. Era você. - disse a menina sorrindo.

Neste instante Phelys viu uma grande luz clara no fundo da caverna e foi até lá. Viu uma mulher de costas, abaixando para pegar uma flor e ouviu em seu coração o seguinte:

"Meu amado, todos nós viemos da Deusa e para Ela voltaremos. Não fique triste, continue a viver, sempre te amei e sempre te amarei. O que me aconteceu não foi por acaso, nem culpa sua. Todos carregamos o que somos, e as coisas que acontecem conosco são o retorno do que fazemos em nossas vidas. A Deusa é Justa e meu tempo já havia acabado. Sempre que sentir saudades minhas, venha até aqui e você saberá duas coisas: que eu te amo e que a Deusa será sempre justa com você.".

Depois disto, o forte cheiro da flor tomou conta do local.

Phelys voltou, pegou a menina em seu ombro e ela foi lhe ensinando o caminho de volta. Voltou ao vilarejo, com os olhos cheios de lágrimas e muita alegria no coração.

Ele ainda passou algum tempo no vilarejo, mas resolveu voltar para a sua cidade.

Uma vez por ano, até hoje, Phelys volta àquele vilarejo, na mesma data. Quando chega, cumprimenta alguns conhecidos e vai até a caverna, onde sempre se lembra de duas coisas: que o amor pode ultrapassar qualquer barreira e que a Deusa está presente em tudo que existe. 

retirado do site:  http://www.circulosagrado.com

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A LUA NA MAGIA

LUA CRESCENTE: é um momento de definição. Os sentimentos e emoções se tornam mais claros, as atitudes mais objetivas. Os impulsos agora podem ser colocados em prática. Neste período, pode-se construir o novo e intensificar os contatos sociais.
A Lua Crescente é utilizada para invocar as coisas que se deseja, um período para iniciar novos projetos.

LUA CHEIA: simboliza a plenitude. As pessoas estão mais abertas e receptivas, as relações tornam-se mais dinâmicas e pulsantes. O inconsciente aflora e as ações, podem se tornar agressivas. Os projetos iniciados chegam ao seu desenvolvimento máximo.
A Lua Cheia é utilizada na integração e aperfeiçoamento de idéias e projetos, e para lançar encantamentos buscando coisas positivas.

LUA MINGUANTE: é o período de transição. A tendência é para o recolhimento e avaliação do que foi anteriormente vivido. Os trabalhos já iniciados devem ser terminados. É uma fase delicada, quando a sensibilidade está à flor da pele.

LUA NOVA: simboliza o momento da fecundação, da germinação, do impulso de uma nova vida. É um período de instrospecção e indefinição, da busca de novos caminhos e não é propício para decisões. É o momento de reflexão e amadurecimento dos anseios.

OBS: A Lua Nova ou a Lua Minguante é utilizada para diminuir ou banir completamente coisas de sua vida.

domingo, 9 de outubro de 2011

O QUE SIGNIFICA....PARTE II

AKASHA: é o quinto elemento, o poder espiritual onipresente que permeia o Universo. A energia que forma os elementos.

CARREGAR: é um ato de magia. É imbuir um objeto de Poder Pessoal.

CONSCIÊNCIA RITUAL: estado alterado de consciência específico, necessário para a prática bem-sucedida de magia. O mago o atinge por meio da Visualização e do Ritual. Denota um estado no qual as mentes Consciente e Psíquica estão harmonizadas. O mago sente as energias, dá a elas propósito e as libera em direção ao objetivo mágico. É uma elevação dos sentidos, uma expansão da consciência para o mundo aparentemente não-físico, um elo com a natureza e com as forças por trás dos conceitos de Deidade.

OS ELEMENTOS: Terra, Ar, Fogo, Água. Essas quatro essências são os alicerces do Universo. Tudo que existe ( ou que tem potencial para existir) contém uma ou mais dessas energias. Os elementos vibram em nosso interior e estão também "espalhados" pelo mundo. Podem ser utilizados para gerar mudanças por meio da magia. Os quatro elementos foram formados a partir da essência ou poder fundamental - AKASHA

ENCANTAMENTO: ritual mágico, normalmente de natureza não-religiosa e acompanhado de palavras vocalizadas.

EVOCAÇÃO: é o ato de chamar espíritos ou outras entidades não-físicas, seja para aparições visíveis ou invisíveis.

INVOCAÇÃO: apelo ou pedido a uma força (ou forças) superior (es), como a Deusa e o Deus. Uma oração. A invocação é na verdade um método para estabelecer elos conscientes com os aspectos da Deusa e do Deus existentes em nosso interior. Essencialmente, portanto, podemos fazer com que apareçam ou  se façam notar por meio da tomada de consciência deles.

INICIAÇÃO: processo pelo qual um indivíduo é apresentado ou admitido em um grupo, interesse, habilidade ou religião. Iniciações podem constituir ocasiões rituais, mas também podem ocorrer espontâneamente.

MAGIA: é o movimento das energias naturais (como o poder pessoal) para gerar as mudanças necessárias. A energia existe em todas as coisas - pessoas, plantas, pedras, cores, sons, movimentos. A magia é o processo de gerar ou aumentar essas energias, dando-lhes propósito e liberando-as. A magia é uma prática natural e não sobrenatural.

MEDITAÇÃO: reflexão, contemplação, voltar-se para dentro de si ou na direção da Deidade ou da Natureza. Período de quietude no qual o praticante pode fixar-se em símbolos e pensamentos, em particular ou ainda permitir que estes surjam livremente.

PODER DA TERRA: energia existente em pedras, ervas, chamas, vento e outras coisas naturais. É o Poder Divino manifesto e pode ser utilizado durante a Magia para originar as mudanças necessárias.

PODER DIVINO: a energia pura, não-manifesta, existente na Deusa e no Deus. A força vital, a fonte primordial de todas as coisas.

PODER PESSOAL: energia que sustenta nossos corpos. Basicamente originada da Deusa e do Deus (do poder por trás d'Estes) Primeiro a absorvemos por meio de nossas mães biológicas dentro do útero, para depois, obtemos-la a partir dos alimentos, da água, da lua e do sol e de outros objetos naturais. Liberamos poder pessoal durante o stress, exercícios, sexo, gravidez e parto. A magia é geralmente um movimento de poder pessoal para um fim específico.