quinta-feira, 29 de agosto de 2013

STROPHALOS DE HECATE



Atribuído a Hecate, bem como a Diana Lucifera (versão romana da divindade) no seu aspecto de Deusa Tríplice - o Strophalos ou Roda de Hecate é um antigo símbolo de origens pré-helênicas e cujo exato significado já se perdeu na noite dos tempos.

O Símbolo original tem sofrido várias modificações. Se trata de um símbolo muito anterior à Cultura Grega. Porém a falta de fontes da antiguidade não podemos especular sobre as origens exatas. A referencia mais antiga é o oráculo de Caldeu nele o Strophalos é descrito como sendo uma serpente descrevendo um labirinto à volta de um espiral. A serpente representa o renascimento e a sabedoria. O símbolo exterior representa o cosmo, ou de uma forma mais abstrata, a unidade formada pelos três aspectos da Deusa. É muito utilizado pelos praticantes da Tradição Diânica e de Tradições Helênicas. É utilizado como mandala meditativa, talismã e objeto de poder. Sendo especialmente indicado para trabalhos invocativos a Deusa Ctônica.

Ele é melhor  analisado de fora para dentro, vendo o círculo como o cosmos e a roda com 3 caminhos, 3 faces de Hecate. Ela é um labirinto em espiral onde o membro iniciado nos mistérios da deusa entrava na diluição da realidade engendrada pela feitiçaria da deidade. É como uma espiral indutora de transe usada em hipnose que atua como um mergulho tríplice em espiral na dissolução do "ser", que se funde para ser reforjado consoante a vontade de quem rege a Roda de Hecate, para morrer e renascer na "Deusa".

RECEITINHAS DA BRUXA - VINHO QUENTE COM ERVAS


Ótimo para noites frias. Serve quatro porções.

1 xícara de água fervente
2 xícaras de vinho
1/8 de colher (chá) de folhas de alecrim amassadas
1 pau de canela
4 cravos inteiros
1/4 de colher (chá) de flocos de menta moídos

Despeje a agua fervente sobre o alecrim e a menta; deixe curtir por 15 minutos. Acrescente os cravos e deixe curtir por mais 15 minutos. Coe; misture esse liquido ao vinho numa panela.. Aqueça em fogo baixo até começar a ferver. Coe, adicione a canela e sirva ainda quente.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

COMO MONTAR UM ALTAR PARA OS DEUSES MÃE E PAI

 Na Wicca usamos um altar como foco e também para estabelecer um espaço sagrado. É sobre ele que ficam os Instrumentos Mágicos, um conjunto de objetos ritualísticos com o qual o Bruxo trabalha e que são usados durante as cerimônias, quando realizamos um feitiço, consagramos um talismãs, etc. O altar é o nosso portal de comunicação com os Deuses e é visto como uma oferenda física e espiritual ao Divino além de representar nossa mente subconsciente.
Assim, o altar sempre é tratado com reverência pois ele não só suporta símbolos que representam o Sagrado mas também a essência dos elementos da natureza, que estão dentro e fora de nós, lembrando-nos que tudo o que é realizado sobre o altar é feito em honra a eles.
Obviamente os Wiccanianos sabem que os Deuses não moram no altar, simplesmente os utilizam como meio de comunicação com eles. A palavra altar vem do grego "altum" que significa "lugar elevado". Desta forma, o altar transforma-se em um lugar onde elevamos nossa consciência ao Divino.
A maioria dos Wiccanianos reservam um pequeno espaço em suas casas onde dispõem o seu altar, deixando-o montado permanentemente. Isso serve como um lembrete, voltando nosso pensamento ao Sagrado todas as vezes que olharmos em direção a ele. Outros Bruxos montam o desmontam o seu altar à cada cerimônia religiosa.
O altar Wiccaniano sempre fica voltado para o norte que além de ser o eixo magnético da terra está ligado à energia feminina e consequentemente à Deusa Mãe, mistérios e crescimento. Como sobre o altar sempre ficam objetos que nos remetem aos elementos, voltá-lo ao norte o liga diretamente à Terra onde todos os outros elementos se sustentam.
Quando montamos um altar devemos ter em mente que ele se divide em dois lados, o esquerdo representando a Deusa e o direito o Deus.
Sendo assim, quando dispomos sobre o altar estátuas ou símbolos que representam o Sagrado Feminino e Masculino, devemos levar isso em consideração.
Geralmente o altar é disposto com uma estátua da Deusa do lado esquerdo, a do Deus do lado direito. Símbolos femininos como cálice, flores são colocadas do lado da Deusa e os masculinos como athame, bastão são colocados do lado direito que simboliza o Deus
Cada canto do altar está ligado a um elemento da natureza.
O norte, como dito anteriormente, representa o elemento terra, o leste está ligado ao ar, o sul ao fogo e o oeste simboliza a água.
Um sino, tocado para marcar o início e final dos rituais, é colocado ao leste. O sino também é tocado para marcar momentos importantes dos rituais.
Fotos e objetos que possuem uma importância significativa para o Bruxo também podem fazer parte do altar de forma que seu pensamento seja remetido à momentos e pessoas que lhe tragam a sensação de felicidade e segurança.
Velas para representar a Deusa e o Deus também são dispostas na superfície do altar. As cores de velas mais usadas são o preto para representar a Deusa e o branco para o Deus, colocadas do lado esquerdo e direito respectivamente. Muitos colocam uma vela vermelha ao centro do altar representando a Arte e a face mãe da Deusa. Outras cores como o azul, prata e violeta também são largamente usadas para simbolizar a Deusa e o verde, marrom e dourado para o Deus.
Geralmente o altar é disposto em uma mesa de madeira, já que ela é uma ótima condutora de energia além de nos ligar diretamente à natureza. No entanto qualquer espaço plano pode ser usado para montar um altar. Muitos Wiccanianos estabelecem seu altar até mesmo no chão, acreditando que isso os coloca em contato mais direto com as forças telúricas.
Óleos mágicos, incensos, pedras também são encontradas com freqüência sobre os altares Wiccanianos
Se você não sabe ao certo onde estabelecer seu altar pense nas seguintes questões quando decidir criá-lo:

 1-    Para o que seu altar será usado? Como um foco para estabelecer contato com os Deuses ou como um local de meditação e contemplação?
2-    Ele será usado para a realização de encantamentos e feitiços ou será um espaço exclusivamente devocional?
3-    O quão grande ele precisa ser para servir a estes propósitos?
4-    Ele pode ficar disponível aos olhos curiosos ou deverá ser montado em um lugar reservado?
5-    Ele terá velas acesas com freqüência sobre sua superfície? Se sim quais medidas preventivas deve tomar para evitar acidentes?
6-    O que você deve colocar sobre ele para parecer agradável aos seus olhos?

 Você pode refletir em muitos outros critérios, como altura e formato do altar, que serão um bom ponto de partida para o seu estabelecimento. O importante é que todas as coisas colocadas sobre o altar façam sentido para você de forma que saiba o porquê está colocando tais utensílios sobre ele.

Ref:  http://www.wiccanaweb.com.br/

Quando já estiver com o altar montado, acenda as velas, o incenso; coloque a sua oferenda no altar, a água no cálice e faça a seguinte oração:

"Senhora da Lua, dos mares incessantes e da verdejante Terra.
 Senhor do Sol e das criaturas silvestres,
 Aceitem esta oferenda que aqui deposito em Sua homenagem.
 Concedam-me a sabedoria para perceber Sua presença em toda a Natureza,
 Ó Antigos!"

ANDRASTE DA GRÃ-BRETANHA






Pouco se sabe sobre a deusa Andraste, a não ser que era cultuada pela Rainha Boadicea, a rainha guerreira britânica que quase expulsou as legiões de conquistadores dos romanos. Sabemos que Andraste era associada à Lua, pois a lebre ou o coelho lhe eram sagrados. De acordo com a Historia, pouco antes de sua ultima batalha contra os romanos, a rainha soltou uma lebre e observou o padrão de sua fuga como um método de predição (predição utilizando as ações de animais era utilizada por diversas outras culturas além da céltica). Não há registro do que Boadicea teria visto nos movimentos da lebre. Os registros históricos dão conta que ela conduziu seu exercito a um ataque maciço contra as bem treinadas legiões de Roma e quase derrotou o controle romano sobre a Grã-Bretanha. Quando capturada, a rainha se envenenou, frustrando assim os planos dos romanos de exibi-la em uma parada vitoriosa em Roma.
Uma possível versão posterior de Andraste é Eostre, também ela conectada a lebres e ovos e o Equinócio de Primavera.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O PENTAGRAMA DA ARTE

O SÍMBOLO DA BRUXARIA

O pentagrama é o símbolo de toda criação mágica.
O pentagrama é conhecido como a estrela do Microcosmo, ou do pequeno universo, a figura do homem que domina o espírito sobre a matéria; a inteligência sobre os instintos.
O pentagrama representa o próprio corpo, os quatro membros e a cabeça.
Os bruxos usam um pentagrama para representar a sua fé e para se reconhecerem.
O pentagrama representa o homem dentro do circulo, o mais alto símbolo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa, já que é a estilização de uma estrela (homem) assentada no circulo da Lua Cheia (Deusa).

Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca.

Por volta de 1960, o pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente.
 Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico - "A Igreja de Satanás" - por Anton La Vay. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo.
 A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neo-pagãos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca - que trazia como preceito básico: 

"Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste."
 
Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o símbolo do pentagrama, alguns wiccanos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais.

Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje.


 REPRESENTAÇÕES E SIGNIFICADOS

O Pentagrama representa o próprio corpo, os 4 membros e a cabeça. É a representação primordial dos 5 sentidos tanto interiores como exteriores.

Além disso, representa os 5 estágios da vida do homem:
Nascimento: o início de tudo
Infância: momento onde o indivíduo cria suas próprias bases
Maturidade: fase da comunhão com as outras pessoas
Velhice: fase de reflexão, momento de maior sabedoria
Morte: tempo do término para um novo início

Cada uma das pontas possui um significado particular:

- Ponta 1 - ESPÍRITO: representa os criadores, a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as outras 4 pontas.

- Ponta 2 - AGUA: representa as forças aquáticas e os poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade.

 - Ponta 3 - FOGO: representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade.

- Ponta 4 - TERRA: representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.

- Ponta 5 - AR: representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência, ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

BLODEUWEDD DE GALES


A deusa galesa Blodeuwedd era conhecida como a Deusa dos Nove Aspectos da Ilha Ocidental do Paraíso, uma conexão tanto com a Lua (nove é um numero lunar) quanto com a morte e a reencarnação (aspecto da Lua Nova). Robert Graves escreve que Blodeuwedd possuía nove poderes; nove também um múltiplo de três, outro numero da Lua e da Deusa. A coruja era o animal sagrado de Blodeuwedd. Ela lidava com mistérios lunares e iniciações misticas.
De acordo com a mitologia galesa, Blodeuwedd foi criada por Gwydion e Math a partir de brotos de carvalho, gesta e rainha-dos-prados para ser a esposa de seu sobrinho, o jovem deus Lleu. Seu nome significa literalmente "cara-de-flor". No entanto, após algum tempo, Blodeuwedd perdeu seu interesse por Lleu e se apaixonou pelo obscuro deus da caça da floresta. Quando ela perguntou a Lleu como ele poderia ser assassinado, ele contou a ela. Ela então contou a seu amante, o deus da caça, que o matou. Entretanto, os tios de Lleu fizeram com que ressuscitasse. Lleu, por sua vez, matou seu rival. Gwydion transformou Blodeuwedd em uma coruja, um pássaro que prefere a noite e caça à luz do luar.
A coruja, uma criatura também ligada a Athena e outra deusas lunares, simboliza a sabedoria e os mistérios da Lua. Voar ao Luar significa compreender e utilizar os poderes da Lua.

domingo, 25 de agosto de 2013

MAGIA DE FREYA E SEIDR




Nos antigos mitos  nórdicos, a mais conhecida de todas as deusas era a independente e bela Freya. Infelizmente, poucas de suas histórias sobreviveram. Isto talvez se deva ao fato de que as lendas foram registradas por eruditos influenciados pelo cristianismo; esses homens possivelmente eram ferozmente contra qualquer registro sobre Freya, a deusa da adivinhação e da independência sexual. Apesar de Freya não ser considerada uma deusa lunar, muitos de seus atributos a conectam às Luas Cheia e Nova.
Freya era irmã de Freyr e filha do deus do mar Njord com sua irmã sem nome, possivelmente Nerthus. Uma deusa-Vana, ela foi por algum tempo casada com o misterioso deus Od, ou Odr, o qual desapareceu. Por ele Freya derramou lágrimas de ouro; segundo a tradição, as lágrimas que caíram  ao mar transformaram-se em âmbar. Com exceção desta vaga menção a um marido, Freya não é jamais associada a outro deus no papel de "esposa".
Seus gatos puxavam sua carruagem em batalha, o que a torna a senhora dos gatos, o mesmo título atribuído à egípcia Bast e à grega Ártemis. Além disso, Freya era a líder das Valquírias e tinha poderes de se transmutar, a Sábia ou vidente que inspirou toda a poesia sagrada. Mulheres sábias, videntes, senhoras das runas e curandeiras estavam intimamente conectadas a Freya, pois ela era a deusa da magia, bruxaria e dos assuntos amorosos.
A magia de Freya era xamanística por natureza, como indica seu vestido ou capa de pele de falcão, que permitia que se transformasse em um pássaro, viajasse para qualquer dos mundos e retornasse com profecias. Por várias vezes, Loki emprestou tal pele de falcão, geralmente para espionar pessoas e criar problemas. Os xamãs atuais julgam tal habilidade de efetuar viagens astrais como necessária para a previsão do futuro e para obter sabedoria. Entre os povos nórdicos, esta habilidade, presenteada por Freya, era chamada seidr.
Seidr era uma forma mística de magia, transe e adivinhação primariamente feminina. Apesar de a tradição rezar que as runas teriam se originado com Freya, e que fossem utilizadas por suas sacerdotisas, a maior parte de seidr envolvia a pratica de transmutação, viagem do corpo astral através dos Nove Mundos, magia sexual, cura, maldição e outras técnicas. Suas praticantes, chamadas de Volvas ou às vezes Seidkona, eram sacerdotisas de Freya. Eram consultadas sobre todos os tipos de problemas.
As mulheres não eram as únicas praticantes do seidr de Freya. Existem vestígios em poemas e em prosa de que seidr fosse também praticado por homens vestidos com roupas de mulher. Odin, por exemplo, é a única deidade masculina listada nos mitos a ter praticado este tipo de magia; ele foi iniciado pela própria Freya. No entanto, esta não era uma atividade masculina popular e aqueles que a praticavam eram ridicularizados ou até mesmo assassinados. Vestir-se com as roupas do sexo oposto é uma tradição realmente antiga que tem suas raízes na crença de que um homem deve espiritualmente transformar-se em uma mulher para servir à Deusa. Isso não poderia ser bem recebido numa sociedade patriarcal.
As Volvas moviam-se livremente de um clã para outro; suas habilidades eram constantemente exigidas. Elas não costumavam se casar, apesar de possuírem amantes. Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais. Na Saga de Eiriks podemos encontrar um relato muito detalhado da pratica de seidr por uma volva. Há uma outra historia em Landnamabok, na qual uma volva traz ativamente prosperidade à atividade pesqueira do povoado através de seidr.
O xamanismo requer compreensão dos Quatro Elementos que influenciam todos os aspectos da vida e requer saber como utiliza-los. A historia de como Freya obteve seu famoso colar Brisingamen de quatro gnomos é na verdade uma lição de aprendizado de como utilizar os Quatro Elementos.

 Certa vez, quando Freya passeava, ela se deparou com quatro gnomos que fabricavam o mais belo colar. Esses artesãos, conhecidos como Brisings, chamavam-se Alfrigg, Dvalin, Berling e Grerr. Freya decidiu que o colar deveria ser seu, mas os gnomos não o venderiam. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. Sem hesitar, Freya concordou e tornou-se a proprietária de Brisingamen, um poderoso equilíbrio da Serpente Midgard e um símbolo de fertilidade. Tais atributos correspondem à Lua Cheia.

Uma vez que os monges cristãos julgaram esta uma historia de pouca moral, é de se admirar que tenha sobrevivido nos mitos nórdicos. Não é uma historia sobre sexo, mas sim sobre obter conhecimento (algo considerado tão maligno quanto sexo pelos monges). Os quatro gnomos representam os Quatro Elementos. Brisingamen simboliza a beleza, o poder e a riqueza que advêm do saber como utilizar e equilibrar esses tijolos de matéria.
A inveja e a cobiça de Odin por tal jóia e pelo meio através do qual Freya a obteve o levou a ordenar a Loki que roubasse o colar. Para recupera-lo, Freya deveria concordar com uma obscura ordem de Odin: deveria incitar a guerra entre reis e grandes exércitos para depois reencarnar os guerreiros mortos para que lutassem novamente. Este aspecto da deusa, também conhecida como líder das Valquírias, a conecta à Lua Nova.

A LEI DO PODER

1 - O Poder não deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar os outros. Mas, se surgir a necessidade, o Poder poderá ser usado para proteger sua vida ou a vida de outros.

2 - O Poder só é utilizado conforme as necessidades.

3 - O Poder pode ser utilizado para seu próprio benefício, desde que ao agir desta forma não prejudique ninguém,

4 - Não é sábio aceitar dinheiro para utilizar o Poder, pois ele rapidamente controla o que o recebe. Não seja como os de outras religiões.

5 - Não utilize o Poder por motivo de orgulho, pois isto desvaloriza os mistérios da Wicca e da Magia.

6 - Lembre-se sempre de que o Poder é um Dom Sagrado da Deusa e do Deus, e não deve jamais ser mal usado ou abusado.

sábado, 24 de agosto de 2013

RESPOSTAS PARA AS DIVERSAS DETURPAÇÕES ATRIBUÍDAS À BRUXARIA.

- Bruxos não acreditam e nem honram a deidade conhecida como Satã.
- Bruxos não sacrificam animais ou humanos
- Bruxos não usam fetos abortados em rituais
- Bruxos não renunciam formalmente o Deus Cristão, apenas acreditam em outros aspectos divinos.
- Bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anticristãos
- Bruxos não são sexualmente anti convencionais
- Nos Sabás e Esbás não são utilizados nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais
- Bruxos Wiccanianos não praticam Magia Negra
- Bruxos não forçam ninguém a fazer algo que agrida o seu interior
- Bruxos não estão tentando subverter o Cristianismo
- Bruxos não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias
- Bruxos não fazem pacto com o Diabo
- Bruxos não comentem crime em nome de sua religião. (como o Cristianismo fez)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

30 DE JUNHO

Oferendas e rituais de agradecimento para Zaramama, a Mãe dos Grãos no antigo Peru. Acreditava-se que ela encarnava na terra na forma de espigas de milho com alguma característica especial, como espigas germinadas ou de cores estranhas. As pessoas ofertavam-lhe espigas, pendurando-as nas árvores, algumas delas "vestidas" como se fossem mulheres, com saias e xales. Depois das danças ritualísticas ao redor das árvores enfeitadas com as oferendas, as espigas eram queimadas para assegurar uma boa colheita e as pessoas festejavam bebendo cerveja de milho.

Dia de Aestas, a deusa do milho e do verão, celebrada em Roma durante o Festival de Aestatis.

Honre, você também, as deusas dos grãos fazendo, pessoalmente, um pão ou um bolo. Reúna seus familiares ao redor de uma mesa enfeitada com espigas de trigo e de milho e faça uma oração de agradecimento pelo seu sustento. Agradeça à Mãe Terra, às deusas dos grãos e frutos, aos Devas e a todos os seres elementais. Peça para que jamais lhe falte alimento e lembre-se de todas as crianças famintas do mundo, mentalizando soluções para seu sofrimento. Reparta o pão ou bolo com seus familiares e leve um pedaço a uma árvore, junto com uma espiga ou punhado de milho e uma fruta. Ofereça-os como gratidão às deusas dos grãos e assuma o compromisso de ajudar as crianças carentes ou abandonadas.

PS: Todos os posts de julho de 2012 a junho de 2013 foram retirados do livro: O Anuário da Grande Mãe - guia pratico de rituais para celebrar a Deusa, da autora Mirella Faur - editora Gaia.

29 DE JUNHO

Neste dia, nos rituais de Santeria cubanos, celebra-se o deus Elegbá ou Legba, o senhor dos caminhos, das porteiras e das encruzilhadas, cujo equivalente na Umbanda brasileira é o Exu Guardião. Originariamente, um antigo deus solar em Dahomey, atualmente é uma poderosa divindade do panteão vodu.

Antigamente, em Dahomey, celebrava-se, neste dia, Minona ou Marmoninon, a deusa do bem e do mal, detentora de poderes mágicos, mãe, guardiã e protetora das mulheres. Acreditava-se que ela morava nas florestas e podia ensinar a magia - para o bem ou para o mal - a todos que a agradassem e homenageassem. Conhecida como mãe de Legba e de , ela ensinava, também, a adivinhação com sementes de palmeiras. Todas as mulheres tinham um altar para Minona em suas casas, onde lhe ofertavam frutas frescas e pediam -lhe proteção e fartura.

Nas Américas Central e do Sul festeja-se, neste dia, São Pedro, reminiscência das antigas festas solares deste mês. Em Malta, comemora-se o festival Mnarja, reminiscência de uma antiga festa da colheita.

Aproveite as energias e presságios deste dia e conecte-se ao seu guardião, reverenciando-o de acordo com sua fé e conhecimento. Peça-lhe proteção, abertura dos caminhos e força para vencer os obstáculos de sua vida. Consulte algum oráculo para uma orientação especifica ou prepare alguma defesa para si como um talismã, patuá, amuleto ou runa de proteção.

28 DE JUNHO

Celebração de Lâmia, antiga deusa das serpentes reverenciada na Líbia e em Creta, transformada, posteriormente, na rival de Hera. Nos textos medievais, ela aparece como uma figura grotesca, um monstro que assustava as crianças à noite. Provavelmente, Lâmia era uma variante de Lamashtu, a Mãe dos Deuses da Babilônia, venerada como uma serpente gigante com cabeça de mulher. Apesar de Lamashtu ser temida como uma deusa destruidora, ela era considerada, também, a Mãe Criadora e senhora do céu. Na Bíblia, Lâmia aparece como sinonimo de Lilith, como um monstro noturno e bruxa.

Celebração da deusa grega da alvorada e do dia Hemera, com danças e orações, do nascer do dia até o pôr-do-sol. Era filha da deusa da noite Nyx, que também era mãe das Hespérides, as deusas estelares.

Celebração de Santa Marta, na França, cuja lenda reproduz um dos atributos da Deusa como senhora dos dragões e das serpentes.

Acorde cedo neste dia e faça uma prática de revitalização e harmonização como yôga, tai chi chuan ou chi kun. Saúde o Sol, direcionando seus primeiros raios para seus chacras. Ore por sua saúde e vigor físico. Visualize algum novo projeto ou desejo sendo iluminado e favorecido pelas energias cósmicas do céu e do Sol, materializando-se na Terra. Desperte o fogo da serpente que existe em você e enfrente, corajosamente, as nuvens escuras e os inimigos, declarados ou ocultos.

27 DE JUNHO

Arretophoria, festival das Ninfas e das deusas virgens e lunares como Ártemis, Diana, Selene, Luna, Hymnia, Daphne, Athena e Minerva.

Em Roma festejavam-se, também neste dia, as divindades dos lares Mania e Mana, chamadas também de Lares ou Manes.

Dança anual do Sol dos índios das planícies norte-americanas, honrando o Sol e a luz do verão com jejuns, orações, danças e rituais de cura. Pedia-se ao Grande Espírito para que todos tivessem saúde, paz, prosperidade e felicidade.

Festa do Espinheiro na Inglaterra. Neste dia, as crianças da cidade de Appleton decoram o maior espinheiro da cidade com flamulas, fitas e flores, dançando depois a seu redor. Acredita-se que essa festa é uma reminiscência das antigas cerimonias pagãs de culto às árvores.

Inspire-se neste antigo costume e faça um arranjo de ikebana ou compre um "bonsai". Se você tiver jardim, escolha a maior árvore e enfeite-a a seu gosto, salpicando-a com alpiste ou painço para os pássaros. Agradeça ao Povo das Árvores pela energia e força que nos fornecem e empenhe-se em algum projeto de preservação das florestas.

26 DE JUNHO

Na Polinésia, reverenciava-se a Mãe Ancestral, criadora da vida, da Terra e de todos os seres, com oferendas e orações para assegurar a nutrição, a saúde e a segurança de seu povo. Dependendo do lugar, seu nome era Ligapup, Lorop ou Papa.

Niman Kachina, a chegada dos Kachinas nos Pueblos Hopi, nos Estados Unidos, festejados durante dez dias com danças e cantos. Os Kachinas eram divindades ligadas às forças da natureza e, uma vez por ano, traziam bênçãos para as pessoas, voltando depois para seu mundo subterrâneo.

Dança do Milho dos índios Iroquois, celebrando a colheita e agradecendo às divindades da Terra e da natureza: Eithinoha, a Mãe Terra e mãe do milho e Aataentsic, "A Mulher que Caiu do Céu", mãe dos ventos e criadora da vida.

Celebração de Feng Po, a deusa chinesa do tempo, senhora dos ventos e dos animais selvagens. Feng Po controlava os ventos cavalgando um tigre dourado e guardando-os em sua grande sacola presa  nas costas.

No folclore irlandês, acredita-se que ao meio-dia pode ser vista a entrada secreta para o centro da terra no topo do monte Scartaris.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

25 DE JUNHO

Na Índia, celebra-se Teej, o festival de Parvati, a grande deusa dos Himalaias. Ela é a manifestação de Shakti, a consorte de Shiva, mãe de Ganesha, o deus com corpo humano e cabeça de elefante. Parvati era um dos aspectos de Devi, a Grande Mãe hindu e representava o amor, a paixão e a sexualidade. Filha do éter e do intelecto, ela era a regente dos elfos e dos espíritos da terra. Era considerada a personificação do Monte Himalaia, sendo diversificada em várias deusas regionais ligadas às forças da terra, da natureza, da inteligência e da criatividade.

Parvati pode ser invocada para se aprender o equilíbrio entre o físico e o espiritual, buscar alegria, harmonia, sabedoria e realização sexual, conectando, assim, seus múltiplos aspectos.

Festa escandinava celebrando as deusas protetoras da fertilidade e da sexualidade Foseta, Frigga, Freyja, Ingeborg e Yngvi.

Festa neo-pagã dos adeptos homossexuais da tradição Wicca, celebrando a Deusa, a vida, o amor e a liberdade de se expressar de forma pessoal, sem se deixar influenciar por preconceitos, seguindo apenas a voz do coração.

24 DE JUNHO

Neste dia, no calendário inca, celebrava-se o deus solar Inti no grande festival de Inti Raymi, Representado como um homem cuja cabeça era o disco dourado do Sol, Inti era consorte e irmão de Mama Quilla, a deusa da Lua. A reminiscência atual dessa festa antiga é a comemoração, em vários lugares, do Dia de São João com danças ao redor de fogueiras, como no México, Novo México, Porto Rico e na América do Sul.

Dia das Lanternas, homenagem no Egito às deusas Ísis e Neith, em seus templos em Sais. As pessoas iam em procissão com lanternas até os templos e invocavam a luz e a força das deusas para renovar a vida, lembrando a ressurreição de Osíris pelo poder de Ísis.

Celebração de Mara, a deusa eslava protetora dos animais domésticos, principalmente das vacas. Na Rússia, ela era considerada um espírito ancestral, que tecia durante a noite e que podia estragar a tecelagem das mulheres se não fosse devidamente homenageada. Em seu aspecto "escuro", ela é Mora ou Smert, a deusa do destino e da morte.

Dia de São João no calendário cristão, reminiscência das antigas celebrações do Solstício de Verão e dos rituais de fertilidade, substituídos por festas populares, feiras artesanais e casamentos simbólicos.

Primeira aparição de Nossa Senhora de Medjugore, em 1981, na Iugoslávia, uma das manifestações da Grande Mãe na figura de Maria, a única deusa que continua sendo venerada no mundo ocidental atual.

Fors Fortune, dia sagrado das deusas Fors e Nortia, precursoras etruscas da deusa Fortuna. Neste dia, os romanos pediam as bênçãos das deusas para lhes dar sorte. Acenda uma vela dourada e peça você também que a deusa Fortuna, em uma de suas manifestações, sorria para você.

23 DE JUNHO

Na Irlanda, comemoração com danças e fogueiras da deusa das fadas Aine. Irmã gêmea de Grian, a rainha dos elfos, ela era considerada um aspecto da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. Os fazendeiros passavam tochas acesas sobre os campos e ao redor do gado para afastar as doenças e as pragas, invocando a proteção da Deusa. Originariamente, Aine era uma deusa solar, apresentando-se como uma égua ruiva que corria velozmente sobre os campos, morando em Cnoc Aine, na Irlanda.

Neste dia, comemorava-se também Cuchulaine, o filho do deus Lugh, herói das epopeias irlandesas e o Homem Verde da vegetação.

Véspera do dia de São João, uma data favorável para fazer encantamentos e poções de amor, consultar um oráculo e para colher ervas, cujas propriedades curativas ou mágicas estão no auge neste dia.

Faça um pequeno ritual para homenagear as Fadas. Vista-se de verde, acenda uma vela verde e um incenso de flores, enfeite seu altar com flores silvestres e folhas verdes e coloque uma musica com flautas. Ofereça-lhes um cálice com vinho, brindando antes para a deusa Aine. Agradeça as energias benéficas das Fadas na manutenção da vegetação e peça-lhes que protejam sua propriedade, suas plantas e seus animais. Comunique-se mentalmente com elas, procurando perceber sua manifestação. Leve, depois sua oferenda de flores e vinho para algum bosque, amarrando uma fita verde na maior árvore.

22 DE JUNHO

Neste dia, nos países nórdicos, eram homenageadas as deusas solares. Devido o clima inclemente e os longos meses de escuridão e frio, o Sol era reverenciado como a fonte criadora e nutridora da vida, sendo considerado uma deusa. Os nomes a ela atribuídos variavam de acordo com o pais: Sol, na Finlândia; Sundy Mumy, na Rússia; Sun ou Sunna, na Escandinávia; Etain e Grainne, na Irlanda; Paivatar, na Finlândia e Saule, na Lituânia e Letônia. As deusas solares eram descritas como mulheres fortes e lindas, com cabelos dourados, usando colares de âmbar, coroas e escudos de ouro, carregando o disco solar em suas carruagens resplandecentes e atravessando o céu ao longo dos dias.

Celebração da deusa russa da fertilidade Kupal'nitsa com fogueiras, oferendas de guirlandas de flores nos rios e banhos ritualísticos. Pedia-se à deusa a fertilidade dos animais, das mulheres e a abundância das colheitas; a seu consorte, Ivan Kupalo, pedia-se saúde e vigor físico para os homens.

Festival de Parália, em Roma, celebrando-se a deusa da beleza e do amor - Vênus - e a criação da cidade.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

21 DE JUNHO

Solstício de Inverno no Hemisfério Sul, marcando a entrada do Sol no signo de Câncer. Os povos celtas comemoravam, neste dia, o Solstício de Verão ou Sabbat Litha, festejando o auge da luz solar com fogueiras, danças e procissões. Reminiscências dessas antigas celebrações são encontradas nas reuniões dos druidas no circulo de pedras sagradas de Stonehenge, na Inglaterra.

Na tradição Wicca, o Solstício de Verão assinala o fim do reinado do Deus do Carvalho, representando a metade clara do ano e o inicio do reinado do Deus do Azevinho, representando a metade escura, que finda no Solstício de Inverno.

Os países eslavos celebravam, neste dia, Kupalo, a deusa do auge do verão, da água, da magia e das ervas. Confeccionava-se uma efígie de mulher com a palha dos campos de trigo. Os casais jovens pulavam sobre as fogueiras levando consigo a efígie de palha e iam depois banhar-se nos rios. No dia seguinte, a mulher de palha era entregue às águas, levando consigo os males das pessoas. Nos Balcãs, a efígie era feita com galhos de bétula e vestida com roupas de mulher. Na Rússia, a deusa chamava-se Kupal'nitsa e seu consorte era Ivan Kupalo.

Segundo as lendas e as crenças antigas, a noite deste dia é ótima para fazer encantamentos para sua vida amorosa, conceber uma criança saudável ou libertar-se dos aborrecimentos, queimando-os na fogueira. O Povo das Fadas torna-se visível para aqueles que tem afinidade com elas. Para isso, esfregue suco de samambaias em suas pálpebras, vá para um bosque e oferte-lhes leite, doces, moedas e objetos brilhantes. Recolha o orvalho na manhã seguinte e guarde-o para seus rituais oraculares.

Nos países bálticos, celebra-se Saule, a deusa do Sol regente da vida, do nascimento à morte. Neste dia, ela era reverenciada pelas mulheres que, ao nascer do Sol, se enfeitavam com guirlandas de flores e entoavam canções, chamadas de "daina" e, ao por-do-sol, fazia, fogueiras.

Para atrair boas vibrações para sua vida, faça uma guirlanda com hipericão, a verdadeira erva de São João e coloque-a como proteção acima da porta ou jogue-a em cima do telhado.

domingo, 18 de agosto de 2013

20 DE JUNHO

Festa de Ix Chel, a deusa maia da fertilidade, da procriação, da cura e das profecias. Essa deusa lunar era venerada na América Central e na Ilha das Mulheres, na península de Yucatan, no México. Ela tecia as teias da criação com fios do arco-íris, sendo representada como uma linda e sedutora mulher cavalgando uma grande águia ou cercada de serpentes e de água, adornada com libélulas.

Celebra-se, também, a deusa celta Cerridwen, a detentora do caldeirão sagrado dos mistérios da vida, da morte e do renascimento. Ela regia, também, a vegetação, o mundo subterrâneo e as dádivas da terra. Seu consorte era o deus da vegetação Cernunnos. Cerridwen era considerada a mãe de todos os bardos, que se autodenominavam Cerddorion ou filhos de Cerridwen. Dizia-se que beber de seu caldeirão mágico conferia inspiração e talento para músicos e poetas.

Para homenagear a deusa Cerridwen, queime verbena em seu caldeirão, acenda uma vela verde e amarre uma fita verde em uma árvore frutífera. Faça uma pequena visualização, transportando-se, mentalmente, para a sua morada. Peça-lhe um gole de seu caldeirão mágico e a bênção para suas atividades ou projetos criativos.

Chegada da estátua de Hathor ao templo de Horus, em Edfu, com a celebração do casamento sagrado dessas divindades.

19 DE JUNHO

Dia de todas as Heras, celebrando a Deusa Interior, representada pela deusa Hera, a padroeira das mulheres. Como toda mulher, Hera passava também pelos três estágios da vida. Como donzela, era Hebe, Parthenia ou Antheia, a virgem que trazia o desabrochar e o florescimento. Como mulher madura, era Teleia, a Mãe Terra e a fertilidade. E como Theia, era a anciã que conhecia os segredos da vida e podia ensiná-los às mulheres mais jovens.

Festa das Oréides, na Grécia, as Ninfas das montanhas e das rochas. Descritas como mulheres esguias e pálidas, com voz muito doce, elas viviam em grutas onde teciam seus trajes diáfanos em teares delicados. Para reverenciar essas Ninfas, os gregos untavam as rochas com óleos aromáticos, penduravam lenços de seda nas árvores e deixavam oferendas nas grutas.

As Heras são as mulheres sábias que alcançaram a comunhão espiritual com a Grande Mãe. Celebre este dia procurando contatar sua Deusa Interior. Crie um ambiente favorável, com musica, vela e incenso e medite, abrindo seu coração e pedindo à sua Deusa alguma imagem ou mensagem para sua fase atual, orando para seu fortalecimento interior e crescimento espiritual. Termine agradecendo pela luz e o amor de Sua presença.

18 DE JUNHO

Comemoração da deusa romana Anna Perenna, a senhora da cura, da abundância, da felicidade e do destino. Seu nome originou-se no de uma antiga deusa etrusca da vegetação e da reprodução e sua celebração, incluindo os rituais de fertilidade, é oriunda do culto da deusa babilônica do céu e da terra Ana.

Na Índia, reverencia-se a antiga deusa Anna Purna, "a doadora dos alimentos". Descrita como uma mulher sentada em um trono, alimentando uma criança com uma grande colher, ela era considerada uma deusa protetora da família e homenageada, principalmente, na cidade de Benares.

Festival shintoista de purificação com lírios. Ao amanhecer deste dia, sete mulheres vestidas de branco colhiam lírios, levando-os para os templos e deixando-os nos altares. No dia seguinte, os monges entoavam orações enquanto sete mocinhas dançavam elevando os lírios para o céu. No final da cerimonia passavam pelas ruas das cidades agitando os lírios para purificar os ambientes e afastar as tempestades  que poderiam prejudicar as colheitas.

Festival hindu para o deus Vishnu em sua manifestação de Jagannath Rathra Yatra.

Combine essas antigas celebrações e prepare uma bebida para atrair a abundância e a boa sorte para a sua vida. Bata no liquidificador leite (vaca, de soja, de coco ou de arroz) com estes sete ingredientes, representando as sete mulheres do ritual: nozes, damascos, coco ralado, maçãs, amêndoas, aveia e mel. Reúna um grupo de amigas e façam um pequeno ritual, queimando incenso de lírio e acendendo sete velas brancas, pedindo a ajuda da deusa Anna Perenna em suas vidas. Compartilhem da bebida e ofereçam um pouco para a Deusa, junto com um pedaço de pão fresco e alguns lírios brancos, perto de um canteiro com flores brancas.

17 DE JUNHO

Celebração de Eurídice, antiga deusa grega, soberana do mundo subterrâneo e mãe do destino. Os historiadores e escritores helênicos converteram-na em uma mortal, esposa amada de Orfeu, enviada para o mundo dos mortos por uma picada de serpente. Orfeu tentou resgatá-la, mas falhou, ao quebrar a promessa feita aos deuses de não olhar para Eurídice antes que chegasse a luz do dia, o que resultou em seu desaparecimento, para sempre, na escuridão. A origem dessa historia é o antigo mito da Deusa, que recebia as almas no Mundo Subterrâneo e cujo animal sagrado era a serpente.

Inspire-se nesta data e lembre-se da necessidade de deixar "um espaço" em seus relacionamentos, para não quebrar o encanto ou sufocar e afastar seu parceiro.

Ludi Piscatari, o festival romano dos pescadores, invocando a proteção das divindades da água para seus barcos e redes, harmonizando as energias contidas nelas para torná-las resistentes e de fácil manuseio.

16 DE JUNHO

Festa das Águas, no Egito. Neste dia, invocavam-se as bênçãos da deusa lunar Hathor e de sua constelação - Sirius - para as águas do Rio Nilo, para os pescadores e os cultivadores da terra.

Noite das Lágrimas, cerimonia egípcia lembrando as lágrimas de Ísis durante a busca de seu amado Osíris.

Celebração de Fand, a deusa celta do mar, chamada de "A Pérola da Beleza". Esposa do deus do mar Manannan, Fand regia a saúde, a cura, a beleza, a sedução e o prazer. Segundo a lenda, ela se transformava em uma gaivota e, saindo de seu reino das águas, sobrevoava o mar e a terra em busca de amantes, raptando e levando os jovens para perto de si.

Antiga comemoração, na Caldéia, da deusa lunar Levanah, a soberana das águas e a controladora das marés.

Dia do Cálice Sagrado, na tradição Wicca. Consagre seu cálice neste dia, dedicando-o à Deusa e ao Deus e assumindo o compromisso da Lei Maior: "Faça o que quiser, desde que não prejudique ninguém".

15 DE JUNHO

Vestália, o festival dos primeiros frutos dedicado à deusa Vesta. Neste dia, seis Vestais estavam encarregadas de preparar os bolos sagrados - mola salsa - feitos das primeiras espigas de milho colhidas. Os moinhos eram enfeitados com guirlandas e os burro de carga recebiam farta alimentação e arreios novos. Os templos eram limpos e todos os restos de oferendas anteriores eram jogados no rio Tibre.

Celebração grega da deusa Mnemosyne ou Mnasa, a mãe das Musas, concebidas em uma relação sexual ininterrupta de nove dias de Mnemosyne com o deus Júpiter. Considerada a memoria personificada, ela era venerada como uma Fonte Sagrada, que fluía em Hades, o Mundo Subterrâneo. Era representada, também, como uma mulher madura, ornada de pérolas e pedras, segurando o queixo ou a ponta da orelha com os dois primeiros dedos da mão direita, gesto que facilita a ativação da memória.

Dia de Nossa Senhora do Monte Carmel, celebração antiga na Espanha e nos Estados Unidos comemorando Maria, originada de uma comemoração em uma data anterior dedicada à Grande Mãe.

Festa budista de Amitabha Amida, em comemoração ao Buda da Infinita Paz.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

14 DE JUNHO

Dia das Musas. Em número de nove, na tradição grega elas eram filhas de Zeus, o rei dos deuses e de Mnemosyna, a deusa da memória. Nascidas perto do Monte Olimpo, foram criadas pelo caçador Crotus que, após sua morte, foi transformado na constelação de Sagitário.

Conforme os autores, o número e os nomes das Musas variam de três a nove, embora na maioria dos mitos fale-se sempre sobre nove Musas. Elas eram Clio, a regente da fama, da historia e dos escritos; Euterpe, a regente da alegria e da musica; Thalia, "a festiva" e regente da comédia; Melpômene, "a entristecida" e regente da tragédia; Terpsichore, a amante da dança e do canto; Erato, "a que desperta o desejo", regente da poesia erótica; Polyhymnia, "a que medita", regente da meditação e dos hinos; Urania, "a celeste", regente da astronomia e, finalmente, Kalliope, "a que tem a voz bonita", regente da poesia épica.

Às vezes, eram mencionadas apenas três Musas: Melete, a que praticava, Mneme, a que recordava e Aoide, a que cantava. Havia também nomes diferentes para o grupo todo, de acordo com a localização: Carmente, Pieriade, Aganippide, Castalide, Heliconiade ou Meonide.

As Musas são detentoras de poderes proféticos e da capacidade de inspirar e estimular a criatividade dos artistas. Para homenageá-las, ofereça-lhes leite, mel, flores, aromas e musica. Assista a uma manifestação cultural ou artística ou prestigie algum artista divulgando seu trabalho.

13 DE JUNHO

Festa de Epona, a deusa da Gália, protetora dos viajantes, dos cavaleiros e dos cavalos. Nascida da união de uma égua com um deus, ela era considerada um simbolo de fertilidade, invocada nas coroações dos antigos reis celtas para garantir sua soberania. Até o século XI, os reis irlandeses ainda "casavam" com a deusa por meio de suas sacerdotisas. A lenda de Lady Godiva é uma reminiscência do culto dessa deusa eqüina.

Durante a ocupação romana na Gália, seu culto foi adotado pelos exércitos romanos; sua origem é, no entanto, muito mais antiga. Também representada como uma deusa da fertilidade, Epona surgia na correnteza dos rios com quatro seios, segurando um cálice e acenando para seus seguidores, que invocavam-na com cânticos e oferendas.

12 DE JUNHO

Shavuoth, a festa hebraica dos grãos agradecendo a colheita e celebrando a deusa Shekinah.

Shekinah era o Ser Primordial, a manifestação da divindade na Terra que podia ser percebida, vista e sentida somente por meio dessa emanação feminina. Também era chamada de Graça Divina, Musica das Esferas, Luz Primordial, Ser Supremo ou Árvore da Vida, sendo representada sentada sobre o Trono da Compaixão, que era ou um tripé ou um dólmen, símbolos muito comuns nas tradições das Deusas. Como Árvore da Vida, ela produzia doze frutos diferentes, um para cada mês e suas folhas curavam os males. Com o passar do tempo, os religiosos e historiadores patriarcais transformaram-na em uma semideusa subordinada a Jeová.

Festa de Mut, a Grande Mãe da Núbia, a "deusa Abutre", protetora de todos os seres vivos. Seu nome significava Mãe, sendo a doadora da vida e da morte. O culto a Mut precedeu o de Ísis como Deusa Mãe.

Celebração de Hu Tu, a Imperatriz da Terra na China, padroeira da fertilidade e reverenciada pelas mulheres na Cidade Proibida.

Skiphoria, o festival grego das mulheres em homenagem a Skira, antiga deusa da colheita.

Festival japonês para afastar os infortúnios e atrair a boa sorte. As pessoas lavavam seus cabelos em um rio ou riacho para se livrar dos males, entregando-os à correnteza.

No Brasil, Dia dos Namorados e, na Grécia,  comemoração de Júpiter.